19/04/2021
FEBRE AMARELA - Macacos não transmitem febre amarela
Assim como os seres humanos, os macacos também são infectados pelo vírus, mas não podem contaminar as pessoas com a doença. Mesmo assim, casos de macacos agredidos e mortos pela população têm aumentado no Brasil, devido ao alarde provocado pela febre amarela em diferentes estados e municípios. Pelo contrário, é preciso preservá-los, porque se estiver ocorrendo a morte deles em uma região, que não seja pelas mãos humanas, é um evento que chama a atenção da Vigilância Ambiental ou de Saúde de que pode haver circulação do vírus da febre amarela naquele local. Chamado de “evento sentinela”, a morte desses animais serve de alerta para as autoridades tomarem as providências iniciais de controle contra uma possível disseminação da doença, como uso do fumacê e a atualização do cartão de vacinação das pessoas que circulam no local. E importante não retirar o corpo ou carcaça do macaco do local onde foi achado, porque pode prejudicar a investigação sobre a doença. Se você encontrar um macaco morto ou perceber um macaco doente, muito quieto e com sinais de fraqueza, não toque nele, chame o setor responsável do município, em Viamão, no caso, é a Vigilância em Saúde da Prefeitura.
FEBRE AMARELA: sintomas, transmissão e prevenção
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. A maioria dos infectados se recupera bem e adquire imunização permanente contra a febre amarela. A febre amarela é transmitida por mosquitos em áreas urbanas ou silvestres. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue).
A infecção acontece quando uma pessoa que nunca tenha contraído a febre amarela ou tomado a vacina contra ela circula em áreas florestais e é picada por um mosquito infectado. Ao contrair a doença, a pessoa pode se tornar fonte de infecção para o Aedes aegypti no meio urbano. Além do homem, a infecção pelo vírus também pode acometer outros vertebrados. Os macacos podem desenvolver a febre amarela silvestre de forma inaparente, mas ter a quantidade de vírus suficiente para infectar mosquitos. Uma pessoa não transmite a doença diretamente para outra. Como a transmissão urbana da febre amarela só é possível através da picada de mosquitos Aedes aegypti, a prevenção da doença deve ser feita evitando sua disseminação. Os mosquitos criam-se na água e proliferam-se dentro dos domicílios e suas adjacências. Qualquer recipiente como caixas d'água, latas e pneus contendo água limpa são ambientes ideais para que a fêmea do mosquito ponha seus ovos, de onde nascerão larvas que, após desenvolverem-se na água, se tornarão novos mosquitos. Portanto, deve-se evitar o acúmulo de água parada em recipientes destampados. Além disso, devem ser tomadas medidas de proteção individual, como a vacinação contra a febre amarela, especialmente para aqueles que moram ou vão viajar para áreas com indícios da doença. Outras medidas preventivas são o uso de repelente de insetos, mosquiteiros e roupas que cubram todo o corpo.
VACINA: Existe uma vacina bastante segura e eficaz contra a febre amarela, produzida com o vírus vivo atenuado da doença. Administrada em dose única por via subcutânea, ela é distribuída gratuitamente nos postos de saúde e raramente apresenta efeitos colaterais adversos. Em vários estados brasileiros, essa vacina já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), em maio de 2013, anunciou que uma dose única da vacina contra febre amarela garante imunidade por toda a vida. Portanto, não considera necessária a aplicação da dose de reforço. Fica garantida, porém, a liberdade de cada país escolher a conduta que melhor se adapta às suas necessidades.